Ano: 7º.
Contextualização teórica.
A formação das monarquias.
O conceito de país que temos atualmente não existia na Europa medieval. O processo de formação de monarquias com poder centralizado começou apenas no século XI e se consolidou entre os séculos XIV e XVI, dando origem a muitos países atuais da Europa. Entretanto, este processo não ocorreu ao mesmo tempo e da mesma maneira em todos os lugares do continente.
Apesar de o processo não ser idêntico nos países europeus ocidentais, a centralização do poder monárquico atendia praticamente aos interesses dos mesmo grupos sociais: a burguesia e os nobres feudais.
Para a burguesia, a fragmentação do poder político do feudalismo era um entrave à sua atividade econômica. Lembremos que os senhores feudais dispunham de plenos poderes em seus feudos. Desse modo, cobravam impostos dos servos e também dos mercadores que comerciavam em suas terras; em alguns casos, criavam impostos apenas pela utilização das estradas de seu feudo.
Outro obstáculo do sistema feudal para o burguês era a variação de medidas e do câmbio. Não havia, por exemplo, um padrão de medição: este era determinado pelo senhor feudal, além de não haver uma única moeda - os senhores feudais podiam cunhar peças monetárias e atribuir-lhes o valor que quisessem. Assim, quando o burguês passava de um feudo para outro, deveria converter seu dinheiro, e os pesos e medidas de seus produtos mudavam de acordo com a convenção do senhorio.
Essas circunstâncias acabaram aproximando os burgueses dos reis. Nessa aliança, a burguesia contribuía com dinheiro, e o rei, com medidas administrativas que favoreciam o comércio. A riqueza acumulada pela burguesia facilitava aos reis a organização de um exército para impor sua autoridade à nobreza feudal. De um lado, os burgueses esperavam a ampliação do mercado, com o território unificado, submetido a uma mesma carga tributária, com uma única moeda corrente e um único padrão de medidas e pesos. De outro, os reis buscavam reaver seu poder, enfraquecido com o sistema feudal.
ATIVIDADE
Esta atividade é interdisciplinar, pois também envolve noções de matemática.
Escreva no quadro as instruções abaixo, e explique-as para a turma.
- Formem grupos. Cada grupo será um feudo.
- Peguem duas folhas de papel. Escolham um nome para o seu feudo, e escrevam no topo das folhas. Nestas mesmas folhas, irão discriminar os dados a seguir (as informações nas folhas devem estar repetidas).
- Inventem a moeda e o câmbio utilizados em seu feudo. Usem como referência 1g de ouro. Por exemplo, 2 "dinares" (moeda fictícia) equivalem a 1g de ouro.
- Inventem um sistema de pesos e medidas, usando como referência o atual sistema métrico e de peso (kg). Por exemplo, 2 "jangos" equivalem a 1 kg, e 5 "linares" equivalem a 1 m.
- Ao finalizar, entreguem uma das folhas para o feudo à sua direita (o prof escolhe a melhor sequencia).
- Comparando a folha que contém os dados do seu feudo com a folha contendo os dados do outro feudo, tentem converter a moeda, o peso e as medidas deste outro feudo para os do seu. Por exemplo, quantos "dinares" (moedas fictícias) do feudo X vale 1 "lunar" do feudo Y? Usem o ouro como referência.
Quando todos tenham terminado de quebrar a cabeça, questione com eles o que facilitaria a troca comercial entre os feudos da sala. "Não seria mais fácil se todos os feudos tivessem a mesma moeda e mesmo sistema de pesos e outras medidas? Eu, profª Bárbara, sou a rainha do reino do 7º ano. Até agora eu não interferi muito em cada feudo desta sala: vocês tiveram liberdade para criar suas normas. Mas se os comerciantes de cada feudo me derem suporte (bufunfa!), eu terei mais forças para intervir nos feudos desta sala e ditar que todos deverão seguir as mesmas normas (ter a mesma moeda, etc)".
A burguesia do 7º agradece!
Perfeito,
ReplyDeleteestava procurando uma atividade como essa.
acrescentei ainda que eles desenhassem a moeda.